Grandiosidade dos parques eólicos muda rotina de João Câmara (RN)
Construtora Hahne, de SC, tem participação ativa na construção da obra que será entregue em breve e contribuirá para a energia limpa brasileira

JOÃO CÂMARA (RN) – A pequena cidade de quase 35 mil habitantes viu a economia local ganhar força há cerca de um ano. Em 2009, com o início das obras dos parques de energia eólica, o município ampliou o número de empregos,deu qualidade de vida aos moradores, contribuiu com a questão ambiental global. É a energia eólica que já vem fazendo parte da paisagem. Parte integrante do projeto dos parques Morro dos Ventos (I, III, IV, VI e IX) – com 91 torres - e Eurus (I e III) – com 38 -, a Construtora Hahne, de Blumenau (SC) responde pela base onde são fixadas as torres, pelas rodovias e plataformas de içamento. Mega obras que mudaram o visual da pacata João Câmara.

A capacidade instalada nos parques é de 210 megawatt. Energia suficiente para abastecer uma cidade com 200 mil habitantes. Para atingir esse nível, as torres têm 80 metros de altura. Cada uma das pás das hélices tem 40 metros de comprimento.

A grandiosidade do projeto não para por aí. Corrobora com a experiência da empresa Hahne e dos parceiros que puseram de pé o projeto. Está também na possibilidade de um futuro melhor, com energia limpa aos brasileiros.

Considerada uma das melhores empresas de construção do Brasil por conta da possibilidade de desenvolvimento de soluções completas de engenharia civil, a Construtora Hahne ficou responsável por levantar as bases de sustentação das torres. Cada uma delas precisou de cerca de 400 metros cúbicos de concreto para ser finalizada. Entremeando o concreto, 15 toneladas de aço. Também foram utilizadas 10 toneladas de chumbadores. “Em uma semana de trabalho nossa equipe faz três bases. A quantidade de concreto utilizada nesse curto período seria capaz de erguer um prédio de 10 andares de alto padrão”, comenta o empresário e engenheiro civil Rui Hahne.

Ele revela ainda que a construtora Hahne também cuidou da criação de 40 quilômetros de ruas com 12 metros de largura dentro dos parques eólicos, e plataformas para guindastes de 30x40m.

 

Comida balanceada e qualidade de vida aos operários
A obra de infraestrutura comandada pela Construtora Hahne resultou na contratação de 150 trabalhadores. Gente que está com carteira assinada há cerca de um ano. E que dia após dia recebe alimentação no próprio canteiro de obras. Refeições produzidas com o aval de uma nutricionista, que desenvolve cardápios de acordo com a necessidade diária dos trabalhadores.

Gente que até pouco tempo atrás não tinha muita expectativa de vida. Agora, o futuro ganha novos contornos para quem atua na obra. A exemplo de Ricardo Campos. Responsável pelo setor de Recursos Humanos no canteiro da Hahne, ele comenta que até dois anos atrás o município era a verdadeira imagem do êxodo. Atualmente, muita gente tem retornado a João Câmara para trabalhar. “O diferencial é que até então não se dava oportunidade para quem não tinha profissão. Hoje, a situação é outra. A Hahne contribui com o crescimento profissional ao buscar pessoas sem qualquer capacitação. A empresa ensina e possibilita almejar novos cargos, só depende da nossa dedicação”, afirma.

Ronaldo Gomes de Moraes, aos 18 anos, já sonha longe. Assistente de serviços elétricos, acredita poder dar uma vida melhor à família sem precisar se mudar para a capital potiguar. “Ninguém nunca imaginaria que o vento fosse trazer dinheiro para a região. Agora o sonho se torna realidade”, comemora.

E se a chance chega para os nativos, surge também para quem não teme se aventurar pelo país. Leonir Ribeiro da Silva, 34 anos, foi convidado pela construtora Hahne para assumir o almoxarifado do canteiro de obras em João Câmara. O paranaense de Pato Branco que morava havia 14 anos em Santa Catarina aceitou o desafio para só retornar ao Sul do Brasil quando as 91 bases de sustentação das torres de energia eólicas fossem entregues. Perto do prazo disso ocorrer, ele já se programa para projetos futuros.

A cidade de João Câmara
Com uma população de quase 35 mil habitantes, João Câmara está localizado na microrregião da Baixa Verde, há cerca de 80 quilômetros da capital potiguar. A economia é baseada principalmente nos serviços, tendo o agronegócio como segunda principal fonte de renda.

Processo construtivo diferencia Construtora Hahne
Criada em 12 de setembro de 1942, a Construtora Hahne chega perto da sétima década de atividades com um portfólio que alia inovação e grandiosidade. Recebe a assinatura da empresa, por exemplo, o Castelinho da Rua XV de Novembro, no Centro de Blumenau, um dos mais tradicionais cartões postais de Santa Catarina. Os anos de experiência fazem com que a equipe atue em cada novo projeto como se fosse único, dando esse caráter de exclusividade como diferencial aos clientes.

Especializada em obras especiais de infraestrutura, como parques eólicos, pontes e rodovias, a Hahne atua também em projetos especiais de concreto armado, como os de estação de tratamento de efluentes e muros de contenção, por exemplo. Além disso, ergue complexos industriais e edifícios administrativos, prédios comerciais e turísticos e residenciais de alto padrão.

No vasto portfólio, a Hahne possui experiência na construção para os mais diversos segmentos: geração de energia, indústria têxtil, indústria alimentícia, indústria automobilística, indústria química, indústria de manufaturas, indústria metalúrgica e áreas hospitalar e educacional, tendo realizado obras para clientes como DESA (Dobrevê Energia S.A.), Malwee Malhas, Lunelli Têxtil, Bunge Alimentos, Duas Rodas Industrial, Continental do Brasil Produtos Automotivos, Cebrace Cristal Plano, Incasa S.A., Souza Cruz S.A., WEG S.A., Vonpar Refrescos S.A. e outros.

A Construtora Hahne se responsabiliza por todo o desenvolvimento da obra e apresenta processos construtivos que fazem a diferença no mercado e ao meio ambiente. Como as estruturas idealizadas com placas sem vigas em que se utiliza somente concreto e aço necessários, o restante do preenchimento é feito de isopor ou material reciclável. O que reduz em até 35% o peso da laje; diminui em até 15% o peso da carga contra as fundações, possibilita a modulação em maior espaço e o uso de até 40% menos pilares ou colunas.

Os números – para cada uma das bases
400m3 de concreto
15t de aço
10t de chumbadores
15m de diâmetro
250m de distância entre uma base e outra

Confira mais notícias