BRASKEM ALCANÇA EBITDA RECORDE DE
R$ 1,2 BILHÃO NO SEGUNDO TRIMESTRE

Investimento na nova planta de PVC avança para atender à demanda em alta

A Braskem, líder em produção de resinas termoplásticas nas Américas, apresentou sólido desempenho operacional no segundo trimestre, mesmo em um cenário de valorização cambial e restrição ao crédito na economia brasileira e de incertezas na economia internacional. O EBITDA consolidado teve um crescimento de 25% no período, alcançando R$ 1,2 bilhão, devido principalmente à elevação dos preços de resinas e petroquímicos básicos no mercado internacional. A margem EBITDA, que mede a rentabilidade, foi de 13,8%, superior em 1,3 ponto percentual à margem do trimestre anterior.

O mercado brasileiro de resinas termoplásticas apresentou crescimento moderado de 2% no segundo trimestre, totalizando 1,2 milhão de toneladas, influenciado pela desaceleração da atividade industrial, volatilidade de preços no mercado internacional e maior consumo de estoques ao longo da cadeia. As vendas de mercado interno de resinas da Braskem, de 366 mil t, permaneceram em linha com o trimestre anterior, ainda sob efeito da recuperação gradual nas taxas de utilização nas plantas do Nordeste.

O volume de importados no mercado doméstico chegou a 31%, refletindo a apreciação do real, o crescente mercado de PVC e a entrada oportunista de material com benefícios fiscais via portos incentivados, prática não autorizada pelo Conselho Nacional da Política Fazendária.

“Os resultados demonstram que a busca contínua por melhoria da eficiência operacional tem nos ajudado a enfrentar o desafio do câmbio e dos excedentes de produção que desembarcam por aqui, oriundos de países do Hemisfério Norte que estão com suas economias internas enfraquecidas”, diz Carlos Fadigas, presidente da Braskem. “Mas o Brasil precisa estimular a competitividade da sua indústria, que no caso da cadeia produtiva do plástico envolve um grande contingente de pequenos transformadores que geram muito emprego e têm dificuldade de lidar com a invasão de produtos acabados”, acrescenta Fadigas.

As exportações da Braskem somaram US$ 1,7 bilhão no 2T11 e representaram um aumento de 28% em relação ao valor do primeiro trimestre, dada a recuperação na taxa média de operação e melhor oportunidade de revenda de petroquímicos básicos, responsáveis por 70% da receita com exportação. No acumulado do semestre, a receita com exportações alcançou US$ 3,1 bilhões, 64% superior ao mesmo período de 2010, em decorrência dos melhores preços internacionais.

A receita líquida consolidada no segundo trimestre foi de R$ 8,4 bilhões, com crescimento de 13% sobre 1T11 e de 24% sobre o mesmo trimestre de 2010. Ao longo do semestre, a receita líquida cresceu 19% na comparação com igual período do ano passado, para R$ 15,8 bilhões.

A Braskem registrou lucro líquido de R$ 420 milhões no 2T11, R$ 115 milhões superior ao primeiro trimestre, ajudado pelo melhor desempenho operacional, além dos efeitos positivos da apreciação do real no resultado financeiro.

Os investimentos realizados no primeiro semestre somaram R$ 773 milhões, de um total planejado de R$ 1,6 bilhão para 2011. A maior parte foi destinada a aumentos de capacidade, como a planta de PVC em construção em Alagoas, prevista para entrar em operação em maio de 2012.

A Braskem emitiu US$ 500 milhões em bônus de 30 anos com vencimento em julho de 2041, com condições altamente competitivas, em um mercado acessado por poucas empresas brasileiras. Os recursos serão usados para o pré-pagamento de dívidas de curto e médio prazo, em linha com sua estratégia de alongar o perfil de endividamento e reduzir o custo de capital.

No final de julho, a Braskem anunciou a aquisição do negócio de polipropileno da Dow Chemical por US$ 323 milhões, tornando-se a líder em polipropileno nos EUA. O negócio consiste em 4 plantas, 2 localizadas nos EUA e 2 na Europa, com capacidade total de 1.050 kt/ano, e representou mais um importante passo na estratégia de internacionalização da Companhia. A aquisição praticamente não altera a estrutura de capital da Braskem que, com base em 30 de junho de 2011, passaria a apresentar indicador dívida líquida / EBITDA em torno de 2,4x.

“A Companhia tem confirmado, mesmo em ambiente desafiador, sua capacidade de aliar desempenho operacional consistente a importantes avanços estratégicos na implementação de sua visão de tornar-se uma das líderes da petroquímica mundial e consolidar sua liderança em biopolímeros”, afirma Carlos Fadigas.

A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 35 plantas industriais distribuídas pelo Brasil, Estados Unidos e Alemanha, a empresa tem capacidade anual de produção de mais de 16 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. 

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