Brasil deixa indústria em segundo plano, disse executivo da Bayer

A economia brasileira está demasiadamente voltada para o setor energético, o que deixou o segmento industrial em segundo plano. Esta é a opinião de Patrick Thomas, CEO global da fornecedora de matérias-primas Bayer MaterialScience, que nesta sexta-feira visitou o município de Belford Roxo, região metropolitana do Rio, onde a empresa tem seu maior parque fabril na América Latina.   

Na avaliação de Thomas, o Brasil precisa cuidar melhor de sua indústria, para não perder competitividade no mercado internacional e para diversificar sua economia.

“O Brasil não pode esquecer que é necessário ter um setor industrial muito forte, senão o país acabará como a Rússia, que tem muitos recursos naturais e não tem indústria”, disse.

Fornecedora de matérias-primas para o setor industrial, a Bayer MaterialScience depende do avanço de seus clientes para praticar seus planos de investimentos. Apenas a indústria automobilística representou 20% dos negócios da companhia no Brasil no ano passado.

De acordo com Thomas, a empresa tem planos de expansão no Brasil, mas ele preferiu não adiantar quais, limitando-se a dizer que “tudo dependerá da demanda do mercado”. A Bayer MaterialScience tem planos de encerrar 2011 investindo 170 milhões de reais em Pesquisa & Desenvolvimento. Ano passado, as receitas da empresa totalizaram 565 milhões de reais, 14% das operações do Grupo Bayer no Brasil.

(Fonte Valor Econômico 16/09/2011)

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