Bacia de Campos receberá US$ 5,6 bi para melhorar produtividade

A gerente-executiva de engenharia de produção da área de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, Solange Guedes, detalhou nesta segunda-feira (30) de que forma serão distribuídos os recursos previstos para o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef) no Plano de Negócios 2012-2016. Até 2016 serão destinados US$ 5,6 bilhões, dos quais US$ 4,6 bilhões são considerados dispêndio e US$ 1 bilhão é investimento efetivo.

Segundo Solange Guedes, a UO-BC vem apresentando queda de eficiência desde 2009 - em 2011 o índice foi de 71%, um dos mais baixos da história, e no primeiro trimestre de 2012 alcançou 72%. A previsão do índice para este ano é de 74%. Para 2013, a meta é 76%, com elevação gradativa até 2016, quando pretende-se obter 90%.

A bacia de Campos responde por cerca de 80% da produção da Petrobras. O Proef será aplicado em 31 campos, com idade de 13 a 30 anos, que produzem 450 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a aproximadamente um quarto da produção total da companhia no Brasil. O grupo de ativos que o programa abrange são campos pioneiros - como Garoupa, Marlim e Albacora -, considerados maduros e que, por isso mesmo, apresentam declínio natural da produção.

Para atingir os objetivos, a Petrobras definiu 15 iniciativas de curto, médio e longo prazo. Entre elas, exemplificou a executiva, está "uma campanha intensiva para recuperação de poços com incrustação, como temos no Campo de Marlim... Outro exemplo é aumentar a disponibilidade de equipamentos críticos para plataformas, como guindaste".

Outras medidas estruturantes garantirão a manutenção da eficiência no longo prazo, como a padronização dos equipamentos utilizados. "A unidade UO-BC foi construída desde os anos 1980, e não adotava conceitos de padronização como usamos hoje", disse. "Substituir equipamentos não padronizados está nos tomando um tempo maior do que o imaginado. Precisamos nos antecipar aos problemas ", afirmou Solange.

Para o gerente executivo de Exploração e Produção Sul/Sudeste da empresa, Erardo Barbosa, não há dificuldade da indústria em fornecer equipamentos para garantir a eficiência da produção. "O que houve foi um ganho de complexidade dos sistemas. Estamos melhorando a alocação de recursos, aprendendo a trabalhar com áreas tão maduras assim, aprendendo com outras indústrias no mundo", disse o executivo. (TN Petróleo)

 

 

 

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