ABDI apresenta perspectivas para o setor de energia fotovoltaica no Brasil

Tema foi debatido na Unicamp, nesta semana, durante evento
sobre a cadeia de energia solar


Criar condições, por meio de políticas públicas, para a instalação e o desenvolvimento da indústria na área de energia solar. Esse é um dos objetivos do Plano Brasil Maior (PBM) para a cadeia de suprimentos em energias, apresentado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) no II Workshop Inovação para o Estabelecimento do Setor de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil. O evento foi promovido nos dias 13 e 14 de março, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas (SP).

“Para alcançar esse objetivo, o governo está dedicado à construção de uma agenda setorial que busca o desenvolvimento de fontes de energia renovável, o que inclui sistemas eólicos e solares”, explica Eduardo Tosta, especialista da ABDI que participou do evento. “A construção dessa agenda acontece no âmbito do Comitê Executivo de Energias Renováveis, passando também pelo Conselho de Competitividade dessa cadeia – que reúne representantes das iniciativas pública e privada –, ambos instâncias de articulação e formulação do PBM”, acrescenta.

Um dos primeiros passos para a construção da agenda setorial é a elaboração do diagnóstico da cadeia. “Estamos reunindo informações sobre a dinâmica mundial do setor, tendências de mercado, regulação, financiamento, pesquisa, desenvolvimento e inovação, regimes especiais, compras governamentais, recursos naturais, investimentos estrangeiros, mercados potenciais, entre outros diversos fatores de impacto direto no setor”, elenca Tosta. Com conclusão prevista para abril, a agenda setorial de energia solar indicará os desafios, diretrizes, objetivos, mapa estratégico, indicadores, metas, iniciativas, medidas e instrumentos que estão sendo planejados para o setor, no âmbito do PBM.

Outro tema apresentado pela ABDI durante o evento é o desenvolvimento tecnológico da indústria de bens de capital para energia renovável. “Estamos acompanhando as perspectivas para esse setor, em energia fotovoltaica, eólica, de pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e de biomassa. O objetivo é estimular a inovação e o aproveitamento, pela indústria de bens de capital, de oportunidades geradas pela diversificação da matriz energética brasileira. Para identificar essas oportunidades, estamos promovendo um estudo em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Os resultados desse trabalho – cuja realização técnica é da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – devem ser apresentados no próximo mês de maio”, declara Valdenio de Araujo, que também representou a ABDI no workshop.

Plano Brasil Maior

Lançado em agosto de 2011, o Plano está organizado em ações transversais e setoriais. As transversais são voltadas para o aumento da eficiência produtiva da economia como um todo, como por exemplo investimentos, inovação, comércio exterior e formação e qualificação profissional.

As ações setoriais, definidas a partir de características, desafios e oportunidades dos principais setores produtivos, estão organizadas em cinco blocos, que ordenam a formulação e execução de programas e projetos estabelecidos. As cadeias de suprimento em energias compõem um desses blocos. Para mais informações sobre o Plano Brasil Maior, acessehttp://www.brasilmaior.mdic.gov.br/.

 

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