Meta de 10 km de metrô por ano em SP será cumprida, diz secretário

Parceiro no plano da cidade de São Paulo de aumentar para 220 km a malha de metrô até 2025, o governo do Estado está confiante de que vai cumprir a meta no longo prazo. Durante seminário sobre mobilidade urbana realizado nesta quinta-feira na sede do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (Seesp), o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, afirmou que o governo está em momento diferente de uma década atrás.

“Antigamente só era construída uma linha por vez. Hoje estamos trabalhando em quatro. Nós sabemos o que fazer e temos mais recursos financeiros do que no passado. O que precisa agora é fazer as obras, implantar com velocidade”, disse.

Parte do plano São Paulo 2040, que prevê estratégias de longo prazo para tratar problemas estruturais na cidade, com o transporte como um de seus pilares, o metrô, que hoje conta com 74 km de trilhos construídos, deve receber 10 km a mais por ano até 2025.

Depois, até 2040, o ritmo cai pela metade e a intenção é que a capital amplie a malha metroviária para 300 km em 30 anos. “Fiquem confiantes nos planos, vamos atingir a meta”, afirmou o secretário.

A demanda por esse tipo de transporte foi sentida depois da inauguração da Linha 4-Amarela. Com a entrega das duas últimas estações – Luz e República – há quatro meses, o número de passageiros por dia saltou e atingiu 550 mil na semana passada, segundo Jurandir Fernandes “Temos estrutura e outros sistemas que funcionam. Existe a enorme possibilidade de alavancar capitais internacionais para investimentos em transporte público.”

Também presente ao seminário, Miguel Bucalem, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, alertou que a cidade precisa desconcentrar as oportunidades, além da malha de transporte público, para melhorar a mobilidade urbana. Segundo ele, uma das principais distorções está na relação entre a região do centro expandido e o restante da capital. A primeira concentra três quartos dos empregos com um quarto do território, enquanto que no resto da cidade a proporção se inverte.

Com infraestrutura melhor, o centro expandido atrai mais comércio e serviços, refletindo na proporção emprego por habitante, que é de 1,8. Nos restante da cidade, essa relação cai para 0,35. “Esse deslocamento em massa, da periferia ao centro, precisa ser suavizado. E, mesmo quando for, não pode ser feita majoritariamente por automóveis”, disse Bucalem.



Fonte: Valor Online

 

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