Obras estruturantes somam R$ 2 bilhões

Limoeiro do Norte. Com algumas construções em dia, mas a maioria em atraso, o Ceará tem ao menos 18 grandes obras estruturantes em andamento. Perímetros irrigados, ampliação do terminal do Pecém, barragens e ferrovia estão entre as principais. Cada região do Estado tem ao menos uma grande obra. Somadas as que estão em andamento, tem-se cerca de R$ 2 bilhões - excluindo-se a transposição do São Francisco e a Transnordestina, que recebem investimentos para três Estados. A segunda fase de ampliação do Pecém será a maior obra deste semestre, com cerca de R$ 570 milhões. As obras geram emprego e movimentam a economia. O desafio é respeitar a legislação ambiental, as desapropriações fundiárias e combater subcontratações à revelia das leis trabalhistas.

Seria exagero dizer que o Estado é um canteiro de obras, porque, em alguns casos, o canteiro passa semanas, ou até meses, sendo apenas um canteiro de material de construção. Mas o Ceará entra o ano com grandes obras públicas em mais de 20 Municípios, tendo um valor pulverizador para muitos outros - da mão-de-obra contratada ao benefício após a conclusão. Aeroportos nos litorais leste e oeste movimentarão polos os turísticos das praias de Jericoacoara e Canoa Quebrada.

Exportações

A ampliação do Terminal Portuário do Pecém vai beneficiar as exportações de todo o Estado, como as frutas produzidas nos perímetros irrigados. O Distrito Irrigado Tabuleiros de Russas abrange Limoeiro, Russas e Morada Nova. A segunda etapa, incluída no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), orçada em R$ 140 milhões, está em fase de execução. Não sem antes apontamento de falhas na desapropriação de famílias em áreas ocupadas pelo perímetro.

A Barragem do Figueiredo, em Alto Santo, outra obra do PAC, está parada até que Dnocs e Governo do Estado concluam as pendências fundiárias com as famílias desapropriadas. Há mais de dois anos, dezenas de famílias de áreas que serão alagadas pelo açude em Iracema e Potiretama aguardam o lugar para onde serão transferidas. Foi por reivindicação delas que a Justiça Federal determinou a suspensão das obras. Quando concluído, o açude terá capacidade de acumular meio bilhão de metros cúbicos de água.

Depois de concluída a primeira fase, o Terminal de Múltiplas Utilidades (Tmut) no Pecém terá a sua segunda etapa iniciada neste semestre. Após a definição do consórcio vencedor, faltará apenas a assinatura da ordem de serviço pelo governador Cid Gomes. Serão R$ 570 milhões investidos na expansão, que inclui uma nova ponte de acesso ao quebra-mar existente com 1.520 metros de extensão, pavimentação sobre o quebra-mar e sua ampliação; o alargamento da ponte; a construção de 600 metros de cais com berços de atracação de navios cargueiros ou porta-contêineres. Estes últimos equipamentos serão voltados para operação com carga geral e produtos da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), da refinaria Premium II, da Petrobras, e da Transnordestina.

Entre os destaques de obras de vias de transporte, estão o metrô de sobral e a construção do Anel Viário da Região Metropolitana de Fortaleza. Quando concluído, o metrô de sobral movimentará até cinco mil pessoas por dia. A obra custa R$ 71 milhões. Já o Anel Viário, de 32km, circunda a Capital. A obra permitirá a melhoria de tráfego na Região Metropolitana de Fortaleza. A duplicação é parte do Plano de Logística de Transporte do Porto do Pecém. A nova pista será de pavimento de concreto, mais resistente ao fluxo pesado.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/MELQUÍADES JÚNIOR

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