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Pós-graduação em Nanociências e Materiais Avançados


A UFABC – Universidade Federal do ABC (São Paulo) possui um programa de pós-graduação interdisciplinar na área de “Nanociências e Materiais Avançados”. Segundo Gustavo M. Dalpian, vice-reitor da instituição, as nanociências caracterizam-se pela interação entre diferentes áreas do conhecimento como a física, química, engenharia de materiais, biologia, medicina, farmácia,  entre outras. Esta interdisciplinaridade permite aplicações nos mais diversos campos de atuação. Na UFABC há estudos sobre tintas funcionais para molas, blendas poliméricas, nanocomposites, interfaces/composites, corrosão, borracha e atuadores, análise de tensão residual em aço via DRX, motores flex, alumínio e ligas de alumínio, etc. “Há três linhas de pesquisa neste programa de pós-graduação: materiais funcionais, polímeros, e simulação e moldagem”, explicou Dalpian.

Em termos de materiais funcionais, o professor Flávio Leandro de Souza, também da UFABC, exemplifica que é possível obter hidrogênio a partir de luz solar e H2O. A luz do sol tem energia suficiente para separar a molécula de H2O em hidrogênio (H2) e oxigênio (O2) por meio de um material na escala nanométrica que absorva essa irradiação. Processos fotoeletroquímicos imitam os processos de fotossíntese realizados pelas plantas. Combinar um material que absorva luz como óxido de ferro, H2O e luz solar é um dos grandes desafios para produção de energia limpa, economicamente viável e sustentável, sendo conhecida como fotossíntese artificial. Desde 1972, quando foi realizada a primeira tentativa de reproduzir artificialmente a fotossíntese, essa metodologia tem sido considerada como o Santo Graal no campo energia.

Na linha dos polímeros, os polímeros eletroativos são materiais composites que modificam a forma e/ou dimensão em resposta a um estímulo elétrico. O aluno de doutorado Laos Hirano, sob orientação do Professor Carlos Scuracchio, tem investigado os mecanismos responsáveis pela geração dos movimentos destes materiais, visando substituir dispositivos de acionamento de movimentos tradicionais (compostos de motor, engrenagens e juntas) na integração de dispositivos mecatrônicos leves, flexíveis e que realizam movimentos suaves. Também podem ser utilizados como sensor de deformação.

Há, ainda, os nanocomposites que, segundo o Prof. Danilo Carastan, são materiais compostos por matriz polimérica (plásticos, borrachas, fibras, filmes) e partículas com dimensões nanométricas (< 100 nm). As nanopartículas podem ter formas e propriedades variadas: nanoesferas de sílica, nanotubos de carbono e nanoargila em camadas. Os nanocomposites permitem o aumento do controle da estrutura dos materiais a partir de processamento, modificações químicas, interações entre partículas e matriz.

A UFABC é credenciada na rede de laboratórios do MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Sistema de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano), tendo acesso prioritário a financiamentos do governo federal . Além disso, mantém convênio com inúmeras empresas.

Mais informações - www.ufabc.edu.br



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