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Victrex estuda construção de centro tecnológico no Brasil


Especializada na produção de polímeros que servem de matéria-prima para peças e produtos de diversos segmentos industriais, a Victrex vai lançar a linha PEEK 450G, que, segundo o gerente de Desenvolvimento de Mercado da empresa na América do Sul, Ricardo Ehlke, substituirá componentes metálicos na confecção de tubos. No setor de Óleo e Gás, os polímeros PEEK compõem peças para para tubulações, válvulas, compressores e árvores de natal molhadas. A empresa ainda não tem fábrica no Brasil, mas estuda instalar um centro tecnológico no país, assim como já fez no Japão, na China e na Inglaterra.

Para quais setores a Victrex desenvolve seus produtos?
Trabalhamos com as indústrias de Óleo e Gás, aeroespacial, automotiva e eletro-eletrônica. Nossa tecnologia é aplicável para a confecção de elementos de motor, da transmissão, de estruturas de aeronaves, entre outros. No setor da medicina, os polímeros da Victrex são usados como implantes em substituição de gaiolas e placas de titânio, usadas na área de ortopedia. Escolhendo um de cada área, nossos principais clientes são Petrobrás, Embraer, GM e LG.

Como essas tecnologias são usadas no setor de Óleo e Gás?
Trabalhamos há mais de 25 anos com o setor de Óleo e Gás. O polímero PEEK é usado na confecção de peças para tubulações, válvulas, compressores e árvores de natal molhadas. Essa tecnologia está presente em todas as etapas da produção, desde o início da exploração até a refinaria. Além de fornecer essa matéria-prima, também produzimos tubulações para o cliente final. Os tubos formados com o sistema de isolamento PEEK são cada vez mais necessários para ligar as plataformas aos poços, que estão ficando mais profundos.

Como será a participação da Victrex na OTC?
Há mais ou menos 15 anos, nós participamos de todas as edições da feira. Nossos objetivos são divulgar materiais novos e entrar em mercados em que não podíamos antes. Como os clientes buscam novidades, apresentamos nossas inovações para firmarmos contratos de exclusividade. Também fazemos palestras com clientes finais.

Quais inovações serão anunciadas?
A Victrex tem investido fortemente em geração de dados de nossos materiais nos ambientes de alta temperatura, pressão e variadas composições químicas, encontradas principalmente no Pré-Sal. Por exemplo, submetemos a teste e qualificamos nosso polímero Victrex PEEK 450G a uma condição 10 vezes mais crítica do que estabelecido pela norma Norsok M710 e apresentaremos esses e outros dados durante o evento. Nossa linha de produtos está levando os limites dos termo-plásticos muito além do que era possível com outros polímeros e permitindo a substituição de componentes e tubos de ligas metálicas, e muito mais vem por aí. Como a lei de mercado nos ensina, temos que inovar para estar à frente da concorrência.

Na área de energia, em que tipos de atividades são usados os polímeros da Victrex?
O mercado de energia é muito grande e não podemos atendê-lo completamente. Por isso, focamos em alguns segmentos. Na geração de energia eólica, em que identificamos um grande potencial de crescimento, nossa tecnologia é usada em mancais de hélices grandes, enquanto as pás são feitas com fibras de carbono. Também fornecemos para os segmentos solar, nuclear e hidrelétrico.

Vocês têm fábrica no Brasil?
Não. Todas as fábricas da Victrex estão na Inglaterra. Mesmo em mercados maduros, como os Estados Unidos, a empresa só trabalha com estoque local. Temos planos para construir um centro tecnológico no Brasil, nos mesmos moldes que já fizemos no Japão, na China e na própria Inglaterra. Mas é um planejamento passo a passo, com um prazo de sete anos. (Petronotícias)



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