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Futuro dos portos no Brasil envolve tratamento de resíduos e geração de energia

 

O Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), vinculado ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, prevê que a maioria dos portos administrados pelo governo federal estará “dentro da linha” nos próximos três anos no que se refere ao tratamento de resíduos e efluentes. A previsão é do coordenador do Instituto, professor Marcos Freitas, que anunciou ontem, quarta (3), o início dos projetos básicos com essa finalidade. Adiantou, ainda que, antes desse prazo, alguns portos deverão gerar sua própria energia.
Por meio do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe, o Ivig desenvolve para a Secretaria de Portos da Presidência da República o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes, envolvendo 22 dos 33 portos sob administração federal em todo País.

A primeira fase do programa foi encerrada no fim do ano passado, com o lançamento de um guia nacional, que identificou problemas de natureza qualitativa nos portos. O investimento alcançou R$ 16 milhões no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), dos quais R$ 9 milhões foram destinados à contratação das 17 universidades que participam do projeto.

Em andamento, a segunda fase, também com custo avaliado em R$ 16 milhões, tem conclusão prevista para o fim do primeiro semestre de 2015. “Agora, estamos definindo soluções quantitativas, que são os projetos básicos”, disse Freitas. Acrescentou que a implementação das soluções deverá ser feita pelo mercado.

Um dos resultados do programa são 22 manuais de boas práticas portuárias, com diagnóstico e orientações para cada porto. Levantamento feito pelos pesquisadores identificou que os 22 portos participantes do programa geraram em 2013 cerca de 5,3 mil toneladas de material reciclável convencional, como madeira, papel e resíduos ferrosos. Conforme os dados, se esse volume tivesse sido comercializado teria gerado para os portos cerca de R$ 2 milhões.

Marcos Freitas salientou que, mais importante que os recursos gerados, é a redução do custo com os resíduos, o que pode ocorrer com a reciclagem. “Hoje, os portos pagam, em média, R$ 300 por tonelada para retirada desses resíduos”, ressaltou. Esse valor é mais alto que o do lixo urbano, estimado em R$ 50 a tonelada. Segundo o especialista, uma melhor solução pode dar aos portos condições de reduzir custos com a retirada dos resíduos e, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro com o reaproveitamento desse material. (Ag. Brasil).



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