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UL aumenta efetivo no Brasil e aposta na recuperação do mercado de óleo e gás em 2016


Investir em um momento em que todos readequam seus projetos tendo em vista as baixas expectativas. Essa é a opção feita pela UL, multinacional americana do setor de inspeções, ensaios e certificação de produto, para suas atividades no Brasil. A companhia, fundada em 1894, já atua no país desde 1999 e realizou no último ano um aumento de quase 100% no seu quadro de funcionários. Os novos contratados estão principalmente no setor de óleo e gás da companhia, nas áreas técnica e comercial. Segundo o gerente de vendas da UL no Brasil, Otávio Costa, o pior cenário já foi superado e já no segundo semestre de 2016 a recuperação da indústria do petróleo nacional terá sido plena.

Quais serviços são prestados para o setor de óleo e gás?
A UL já está há 16 anos no Brasil prestando serviços de certificação de produtos e equipamentos. Nós atendemos um grande leque de produtos, entre eles válvulas industriais, tubulações, tanques e equipamentos eletroeletrônicos para atmosferas explosivas, que são a nossa especialidade. Existem dois tipos de certificação: voluntária e compulsória. A voluntária é procurada pelo fabricante como uma maneira de diferenciar seu produto frente aos seus concorrentes, enquanto a compulsória é obrigatória para a realização do projeto.

A realização da 13ª rodada de licitações aumentará o volume de negócios da companhia?
Sim. Esperamos que a demanda por certificações cresça com esse novo leilão. Cada vez mais as petroleiras estão se importando com a integridade dos seus ativos, e a certificação é uma maneira de se sentir seguro quanto a isso. A certificação é uma visão de uma terceira parte atestando a qualidade e dando garantias ao produto.

Como a UL avalia o atual momento do mercado de óleo e gás brasileiro?
Nós da UL entendemos que o setor de óleo e gás passa por um momento difícil, no entanto, acreditamos que o pior já passou. Tanto acreditamos nisso que estamos investindo bastante nesse segmento aqui no Brasil. No último ano, nós dobramos o nosso número de funcionário no país, demonstrando nossa expectativa em várias áreas, mas principalmente no setor de O&G.

O momento ruim vivido pelo setor, no Brasil e no mundo, vem afetando a UL?
A UL sofreu uma queda no seu crescimento. Podemos colocar desta maneira. Nós ainda estamos crescendo, mas, especificamente no setor de óleo e gás, nós percebemos uma taxa de crescimento menor do que a aferida nos anos anteriores. Já no segundo semestre do próximo ano, nós esperamos uma recuperação plena, com as taxas de crescimento voltando ao que vinham sendo.

Quais os principais projetos que a companhia está envolvida no setor de óleo e gás nacional?
Produtos certificados pela UL estão sendo utilizados em diversas localidades, mas temos uma atuação muito forte na distribuição de combustíveis, principalmente para postos, trabalhando na certificação de tubulações e tanques. Nosso maior foco, no entanto, é em atmosferas explosivas, área que a companhia atua há exatos 100 anos.

Quais os principais clientes da companhia?
No segmento de óleo e gás, posso dar como exemplos de grandes companhias com contratos conosco a WEG, a Stahl, a Emerson, a Wayne e a Dover.

Algum plano de expansão das atividades no Brasil?
Nós estamos investindo bastante no Brasil e acreditando que o país será de grande importância dentro da UL. Do ano passado para este ano, nós praticamente dobramos nosso número de funcionários e a expectativa é continuar aumentando em taxa semelhante nos próximos anos. Dentro dessa expansão, o setor de óleo e gás da UL é o que mais incorpora funcionários, principalmente nas áreas técnica e comercial, para prospecção de clientes.

Quais os planos da UL para os próximos anos?
Nossos mais recentes investimentos foram focados em eficiência, buscando prestar o serviço com mais alto nível possível. Nossa proposta é seguir com um trabalho reconhecido, mas desta vez mais rápido e eficiente. Para isso, estamos buscando novos processos e ferramentas de gestão, para aliar nossa expertise técnica com eficiência e rapidez.

O faturamento da companhia foi afetado pela crise?
A expectativa da UL é de crescimento no faturamento, mas em um ritmo um pouco abaixo do que o obtido de 2013 para 2014. Mas isso não acontece apenas no setor de óleo e gás, mas em diversos segmentos em que atuamos. (Petronotícias)



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