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Havaí quer se tornar primeiro estado americano com energia 100% renovável


A meta é ambiciosa e foi definida por um projeto de lei aprovado pela Câmara Legislativa do Havaí na semana passada: tornar o estado americano totalmente dependente de energia limpa até 2045. Caso a lei seja aprovada – o governador David Ige tem até o final de junho para sancioná-la – a eletricidade deverá ser gerada através de uma combinação de fontes renováveis: hidrelétrica, marinha, eólica, solar, biomassa e geotérmica.

“Este é um passo muito significativo para nossos esforços de reduzir a dependência do Havaí na importação de combustíveis fósseis, muito caros, e colocar o estado no caminho da energia verde e da segurança ambiental e econômica”, disse Mark Glick, responsável pelo Departamento de Energia do Havaí, à imprensa americana.

O projeto de lei define datas para que o plano energético seja alcançado. Até 2020, 30% da energia deverá vir de fontes limpas, 40% até 2030 e 70% até 2040. Nos cinco anos seguintes, o estado terá que chegar aos 100% estipulados.

Atualmente cerca de 22% da eletricidade do Havaí é originária de fazendas eólicas e solares. O estado, que é uma ilha, importa aproximadamente 93% de toda sua energia, o que faz dele um dos lugares com tarifas elétricas mais caras dos Estados Unidos.

O que tem motivado muitos estados e cidades americanas (Georgetown, no Texas, anunciou que em dois anos terá toda sua eletricidade vinda de fontes renováveis)é fundamentalmente a questão econômica. A chamada energiaverde tem se revelado muito mais econômica e sustentável nas últimas décadas, principalmente com a diminuição de custos de produção e desenvolvimento de novas tecnologias.

Os legisladores havaianos sabem que o desafio é difícil. Será necessário investir fortemente na melhoria do armazenamento energético e nas linhas de transmissão através de grids inteligentes. Entretanto, este investimento trará um impacto positivo: deverá gerar centenas de novos empregos, além de reduzir drasticamente a emissão de gases de efeito estufa (GEE) na região.

Por Suzana Camargo, do Blog do Clima - Planeta Sustentável

Guilherme Caponi, estudante de direito focado nas áreas Ambiental e Tributária/Empresarial, amante do meio-ambiente, perito ambiental, trabalha no escritório Arruda & Caponi Advocacia e Assessoria. (JusBrasil)



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