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IBP debate novas alternativas energéticas e firma perspectivas do setor de petróleo para os próximos anos

O setor energético mundial se encontra atualmente em processo de transição de matrizes. Ao passo que fontes limpas de energia recebem um foco cada vez mais amplo na indústria mundial, o mercado de petróleo deverá se adaptar às mudanças que ocorrerão nos próximos anos. Foi com esta perspectiva que o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) apresentou, em evento no Rio de Janeiro, um novo estudo sobre as tendências do segmento de energia a médio e longo prazo e os desdobramentos que as novas mudanças causarão na indústria. Reunindo grandes nomes do mercado nacional, o encontro também celebrou os 58 anos do instituto e firmou perspectivas otimistas para o ano que está por vir.

As conclusões trazidas pelo estudo e pelos executivos presentes, embora diferentes em diversos aspectos, foram unânimes em um ponto: as novas demandas mundiais exigem novas soluções financeiramente viáveis para a indústria. Elaborado pela Catavento Consultoria com base em pesquisas de mercado, o documento “Tendências para o Setor de Energia a Longo Prazo” foi apresentado pela especialista Clarrisa Lins, que partiu de uma análise de macrotendências para avaliar os novos desafios do suprimento energético.
Segundo ela, as pressões por fontes limpas e redução nas emissões de gases poluentes devem criar um “imperativo de eficiência” no setor. Responsável por dois terços do total de gás carbônico emitido em operações industriais no mundo, o segmento de energia é um dos pilares centrais nos novos acordos ambientais firmados por nações como o Brasil. A reputação da área de petróleo e gás é negativa no que tange a mudanças climáticas, afirmou Lins, e isso pode acarretar novas adaptações do mercado.

O futuro que se aproxima, no entanto, traz bons horizontes na visão do presidente do IBP, Jorge Camargo. Na palestra de abertura do evento, o executivo ressaltou o potencial da indústria brasileira, a importância do setor de óleo e gás para o país e os desafios que vêm sendo vencidos para produção em áreas como a do pré-sal, o que indica boas tendências para 2016. Visto com baixas expectativas por analistas do mercado, o ano que está por vir contará com a realização de uma nova edição da Rio Oil & Gas, maior evento do segmento na América Latina. Segundo Camargo, a feira deverá ser um “extraordinário sucesso”.

Em seu discurso, o presidente do instituto abordou o desenvolvimento histórico da indústria petrolífera no Brasil. De acordo com ele, o atual momento do mercado nacional “apequena” a capacidade produtiva do país. Ressaltando as conquistas tecnológicas para a operação em blocos como os da Bacia de Campos, Camargo criticou o que chama de “falso dilema” entre a presença da Petrobrás e de companhias estrangeiras em projetos de atuação. A estatal é uma boa empresa, afirmou o executivo, e “uma boa empresa não precisa de proteção” contra competidores do mercado. (Petronotícias)



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