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Biorrefinarias ganham espaço na Alemanha

Sociedade técnica da área química alemã apoia Simpósio sobre o tema, promovido pela Embrapa em parceria com a Abiquim

Biorrefinaria é um conceito já aplicado em algumas indústrias, mas que ainda encerra muitos desafios para instituições de pesquisa, governo e setor produtivo. De 24 a 26 de setembro, Brasília/DF receberá profissionais envolvidos com o tema no II Simpósio Nacional de Biorrefinarias. O evento é promovido pela Embrapa Agroenergia em parceria com a Abiquim e a Sociedade de Engenharia Química e Biotecnologia da Alemanha (Dechema).

Instituições alemãs estão entre as que vão apresentar cenários e expectativas em relação às biorrefinarias. O assessor da Dechema, Dieter Miers, que integra a comissão organizadora do Simpósio, diz que a Alemanha iniciou uma corrida por fontes de energia limpas e renováveis, passando também a investir em biorrefinarias. “A comunidade científica já estava preocupada com a questão do efeito estufa, da produção racional de energia e do preço alto dos combustíveis fósseis, e, paralelamente, as questões econômicas que tumultuam a Europa fortalecem a bioeconomia”, conta o assessor.

Segundo Miers, já há biorrefinarias alemãs operando com beterraba, cereais, girassol, canola e resíduos lignocelulósicos de madeira e cereais. Biocombustíveis, rações e CO2 para a indústria alimentícia estão entre os produtos já obtidos. “Pretende-se avançar e evoluir até as chamadas biorrefinarias de syngas e biogás, mas a disponibilidade de matérias-primas ainda é um entrave”, pondera. Para o brasileiro que vive na Alemanha, a colaboração entre os dois países deve contribuir para acelerar o desenvolvimento do setor, pois o Brasil é muito bem visto no país europeu pela experiência acumulada em energias renováveis, especialmente etanol. “Estou convicto de que, em termos energéticos, os biocombustíveis são excelentes alternativas, seja para utilização em aeronaves e automóveis, seja para geração de energia elétrica”, enfatiza Miers, que trabalhou no pioneiro programa brasileiro de etanol, o Proálcool.

As inscrições para o evento estão abertas no site www.snbr2013.com.br. Até 31 de julho, a taxa é de R$ 500,00, com desconto de 50% para estudantes. Também no site está disponível a programação, que contará com apresentações de especialistas de instituições do Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Inglaterra e Noruega, além da Alemanha. Está prevista a realização de uma mostra de tecnologias verdes, além de rodada de negócios. Durante o evento, haverá o lançamento de um livro sobre o potencial de matérias-primas brasileiras para Química Verde.

O Simpósio tem o apoio institucional da Internacional Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC), da Sociedade Ibero-americana para o Desenvolvimento das Biorrefinarias (Siadeb), da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), da Associação Brasileira da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e do Conselho Regional de Química do Estado de São Paulo (CRQ IV Região). A Braskem e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) patrocinam o evento.



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