Últimas Notícias - Outros Materiais

SGP Solar desenvolve projeto de geração solar para hospital no rio


A SGP Solar irá concluir em março a instalação de um sistema de geração de energia solar que será responsável por 50% da demanda de luz e tomadas do Hospital Pró-Cardíaco. Os diretores da companhia, Bernardo Scudiere e Rodrigo Kotait, revelam que a empresa está realizando estudos para desenvolvimento de sistemas de geração solar em mais dois hospitais no Rio de Janeiro. Scudiere e Kotait também afirmam que a energia solar terá um forte crescimento durante os próximos anos no Brasil por conta de vários fatores. Entre eles, está a criação de políticas para elevar a utilização da fonte no país, como o Programa de Incentivo ao Aproveitamento da Energia Solar (Prosolar), elaborado pelo deputado Felipe Bornier (PSD/RJ) com o auxílio técnico da SGP Solar.

Qual é o projeto mais recente da SGP Solar?
Estamos finalizando a instalação de um sistema de geração solar no Hospital Pró-Cardíaco. Esse é o primeiro projeto Solar em Hospitais privados no Rio de Janeiro.

Que tecnologia foi usada nesse projeto?
Usamos um sistema solar com células fotovoltaicas conectadas à rede elétrica, com equipamentos de fabricantes líderes mundiais, parceiros da SGP Solar, que foram testados e certificados no Inmetro com máxima eficiência.

A SGP Solar tem outros projetos em andamento?
Estamos realizando estudos de engenharia para mais dois hospitais no Rio de Janeiro, além de um projeto off-grid (sistema isolado da rede elétrica) no Parque Estadual dos Três Picos, em Nova Friburgo.

Como os senhores avaliam a preferência destes hospitais pela energia solar?
A grande vantagem da fonte solar é que o empreendimento passa a ser um autogerador, tornando-se menos dependente de energia externa. Atualmente, estamos passando por um momento de crise elétrica por conta do baixo volume de chuvas, o que traz riscos de racionamento e aumento do custo da energia elétrica acima da inflação. Os hospitais ficam menos expostos a essas variações, maximizando a segurança do seu funcionamento.  Além disso, os estudos indicam ser economicamente viável, com o retorno dos investimentos em um tempo adequado.

E por que a solar não emplacou nos leilões de energia do ano passado?
A energia solar gera energia no próprio local de consumo, daí se dá a vantagem competitiva sobre as demais fontes. Ela acaba se tornando inadequada dentro desses leilões, voltados à venda de plantas que serão ligadas à rede de distribuição, pois os custos de transmissão, distribuição, além de encargos e tributos correspondem a 70% do valor total da energia, e quando esses custos são adicionados, a energia solar perde a atratividade.
A Energia Solar é gerada no ponto de consumo, sem ruído, sem poluição, diminuindo a dependência externa e sem congestionar ainda mais a nossa rede elétrica nacional, que opera no limite, por um preço menor que o praticado pela concessionária, tornando-se uma ótima opção.

Como então o governo pode incentivar o uso da energia solar?
Uma boa medida seria o governo instalar energia solar em seus órgãos de todas as esferas. Poderia também retirar o peso da carga tributária. Poderia abrir linhas de financiamento. Poderia descontar no imposto de renda os investimentos privados em energia solar, assim como já funciona no EUA. Existem diversas medidas do governo de apoio ao crescimento dessa fonte ilimitada.
Mas mesmo assim a energia solar no Brasil já é viável, uma vez que está acima da linha de subsídio do governo, por conta do alto índice de insolação e das altas tarifas elétricas, fato que torna a geração solar muito atrativa economicamente, independente da ajuda governamental.

A SGP Solar tem expectativa de novos contratos para este ano?
Temos muitos projetos sendo desenvolvidos e com grande potencial. A expectativa é de grandes negócios dentro do Brasil durante os próximos anos.

Como a empresa se estruturou e quais os avanços alcançados?
Inicialmente, a SGP Solar formou parceiras com fabricante de placas e de inversores; e capacitou engenheiros e eletricistas. Depois, focamos no apoio a regulação do setor de geração solar no país, que viabilizou o mercado de mini e microgeradores, aprovada em 2012. Mais recentemente, ajudamos a elaborar o Prosolar, programa que visa aumentar a capacidade de geração de energia elétrica fotovoltaica no Brasil.

Já buscaram parceiros no exterior?
Estamos rodando o mundo atrás de mais investidores para financiar projetos. Estivemos recentemente na Califórnia, onde apresentamos as oportunidades em geração solar no Brasil. Conversamos com fundos de investimentos americanos que se mostraram interessados em avaliar o nosso país.

Queremos movimentar a energia solar no Brasil e ajudar a diversificação da nossa matriz energética para fontes limpas, como a solar, que é uma fonte infinita de energia e que ainda não soubemos aproveitar adequadamente.



  topo