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Oportunidades de novos negócios são debatidas em São Paulo

ABDI apresenta a empresários do setor de biotecnologia as tecnologias
relevantes mapeadas pela ATS de Química de Renováveis

 

A criação de modelos de negócios baseado nos resultados da Agenda Tecnológica Setorial (ATS) de Química de  Renováveis foi tema do debate que aconteceu na tarde da quinta-feira (16), em São Paulo, entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e representantes da Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI). A Associação representa diferentes setores da economia que empregam ou desenvolvem processos e produtos que utilizam organismos vivos, modificados ou não, e seus derivados, em atividades de interesse econômico industrial.

A diretora de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da ABDI, Maria Luisa Campos Machado Leal, apresentou aos participantes a ATS, sua metodologia de trabalho e os resultados da consulta estruturada com os subsídios para a indução do desenvolvimento e da produção das tecnologias relevantes.

"As ATS nos possibilitam criar um núcleo de inteligência no Brasil que nunca tivemos antes. Foi um longo caminho percorrido para chegarmos nesse resultado. Quando começamos a trabalhar com a identificação das tecnologias necessárias para o Brasil criar e fortalecer competências críticas da economia nacional, esbarramos na dificuldade das empresas em apresentarem suas estratégias tecnológicas e sentimos que era necessário mudar a metodologia. Foi quando, em parceria com o Centro de Gestão em Estudos Estratégicos (CGEE), elaboramos as Agendas", esclareceu a diretora.

Maria Luisa explicou ainda que a ATS de Química já definiu as tecnologias relevantes para o setor e agora está na fase de identificar as empresas que tenham capacidade de introduzir essas tecnologias em sua linha de produção. "Nosso objetivo agora é apresentar os resultados do que foi elaborado às empresas para ampliar e criar novas  competências tecnológicas e de negócios. A proposta é incentivar a atividade em empresas com potencial de ingressar em mercado dinâmicos e com elevadas oportunidades tecnológicas e usar o poder de compra do setor público para criar negócios intensivos em conhecimento e escala."

Para o presidente da ABBI, Bernardo Silva, a reunião trouxe boas expectativas. "Esse é um primeiro contato, mas tenho certeza que, além do atual cenário, podemos desenvolver uma agenda positiva que permita utilizar todo o esforço empreendido na construção da ATS e alavancar o setor. Temos dados que comprovam que o Brasil tem tudo para ser líder na indústria de renováveis", avalia.

A pesquisadora da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EQ/FRJ), Flávia Alves, responsável pela consolidação do Panorama Tecnológico da ATS, acredita que é um setor com boas perspectivas de futuro e passível de atrair boas oportunidades de negócios. “É um setor muito grande, com tecnologias muito distintas. Ao todo foram investigadas 85 tecnologias, dessas, apenas quatro foram consideradas não viáveis", afirmou ao esclarecer as tecnologias classificadas e o processo de construção do Panorama.

A ABBI solicitou apoio da Agência para a interpretação de alguns pontos jurídicos da Lei de Acesso ao Patrimônio Genético, aprovado em maio de 2015. "Alguns pontos têm diferentes formas de interpretação. Precisamos ver quais gargalos podem ser corrigidos na Regulamentação da Lei e como a ABDI pode esclarecer questões que nos dê segurança jurídica", disse o presidente da Elabora Consultoria, João Furtado, integrante da ABBI. A discussão sobre o tema será realizada por videoconferência ainda sem data definida.

Também participaram da reunião a gerente de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Carla Naves; a coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico e Sustentabilidade, Maria Sueli Felipe, e a coordenadora de Produção Industrial, Junia Motta.

 



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