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Nova queda nas vendas de produtos químicos reforça a importância das medidas anunciadas pelo Governo Federal ao setor


Apesar da melhora pontual verificada nos volumes de março, os principais índices dos produtos químicos de uso industrial sofreram recuo no 1º trimestre de 2013, comparativamente a igual período do ano passado: produção -2,76% e vendas internas -2,46%.  No entanto, o consumo aparente nacional (produção + importação – exportação), que mede o comportamento da demanda na ponta, apresentou crescimento de 4,5%.  É o que revela o Relatório de Acompanhamento Conjuntral (RAC), divulgado nesta quarta-feira pela Associação Brasileira da Indústria Química.

De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, apesar dos resultados negativos e da desaceleração nos primeiros três meses do ano, o anúncio do Governo de desoneração da matéria-prima pode aliviar a forte pressão de custos sobre as empresas instaladas no Brasil, bem como dar um fôlego, especialmente no tocante à conconrrência com os importados. “O volume de importações cresceu 23,2% somente nesse primeiro trimestre, aproveitando o aumento da demanda interna e evidenciando o grave momento pelo qual a indústria química passa. No entanto, as medidas chegam em um momento importante, na tentativa de recuperar a competitividade das empresas”, explica.

Nesta terça-feira, o Governo Federal anunciou a redução do PIS e da Cofins para a indústria química. A desoneração inclui matérias-primas de 1ª e 2ª geração, cuja alíquota passará a vigorar a partir de 1º de maio com 1% na compra desses insumos, gerando crédito de 9,25%.

Por outro lado, a medida vai estimular o aumento da capacidade instalada, que nos primeiros três meses do ano ficou em apenas 81%, índice considerado baixo para a atividade química, além de tornar o setor mais competitivo diante da crescente penetração de produtos importados no mercado brasileiro. Segundo Fátima Giovanna “essa era uma das principais medidas pleiteadas pela Abiquim durante as discussões no Conselho de Competitividade, especialmente quando se leva em consideração o peso da matéria-prima, da ordem de 70%”. Apesar disso, Fátima pondera a importância e urgência de implementação das demais medidas defendidas pela Abiquim junto ao Governo Federal: política específica para o uso do gás natural como matéria-prima, desoneração de investimento e estímulo às atividades de P&D. “A Abiquim continuará lutando para que no menor prazo possível de tempo, o setor possa ser contemplado com as demais medidas propostas”.



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