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Balanço do setor de máquinas


Segundo dados da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, em julho o consumo aparente foi de R$ 10,561 bilhões, interrompendo tendência de crescimento iniciada em janeiro de 2013. No ano (jan-jul13) o consumo foi de R$ 69,162 bilhões, 5% superior ao mesmo período de 2012, mas ao se eliminar o efeito cambial o resultado passa a ser negativo em relação a 2012 (-0,6%).

A média anual da participação da importação no consumo brasileiro de máquinas e equipamentos saltou de 52% em 2007 para 66% em 2013. Na ponta a produção nacional continua perdendo participação no mercado para o produto importado. Em julho de 2013 o faturamento do setor de R$ 6,639 bilhões cai pela segunda vez consecutiva neste ano, mantendo a inversão a curva de retomada iniciada em janeiro de 2013. No ano (jan-jul/13) o faturamento de R$ 44,516 bilhões foi 7,7% inferior ao valor registrado no mesmo período de 2012.

As exportações de julho no valor de US$ 1,118 bilhão confirmam a tendência de recuperação e a participação das exportações sobre o faturamento do setor (31 %), em 2013 está se aproximando dos níveis históricos de 1/3 do faturamento. No ano (jan-jul13) o valor de US$ 6,648 bilhões ainda é 11,6% inferior ao resultado registrado no mesmo período de 2012.

Observa-se queda no volume de exportações no ano de 2013 (jan-jul) quando comparado com o mesmo período de 2012 na maioria dos setores da indústria de máquinas e equipamentos.
Na ponta (julho13) os setores a registrarem recuperação foram os ligados a logística e construção civil, infraestrutura e indústria de base, máquinas para agricultura e máquinas para a indústria de transformação.

Os principais destinos das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos são América Latina, Estados Unidos e Europa, respectivamente. A Europa volta a ocupar a segunda posição no ranking dos principais compradores de máquinas e equipamentos do Brasil. No mês de junho foram importados US$ 2,853 bilhões em máquinas e equipamentos, uma ligeira queda sobre o mês de junho de 2013. No ano o volume importado superou em 7% o resultado de jan-jul de 2012 e chegou a US$ 19,027 bilhões. No ano o aumento das importações ocorreu em praticamente todos os setores da economia, o que confirma o efeito preço na substituição da produção nacional. Tanto no ano quanto na ponta, houve forte aumento no volume de importação de máquinas para petróleo e energia renovável, ainda que com pouco impacto no total importado. A principal origem das importações de máquinas e equipamentos em valores são os Estados Unidos com 25% do volume importado, na segunda posição aparece a China com 17,2%, mas ocupando espaço crescente no mercado nacional.
Nas importações, em peso, a China já aparece com folga na primeira posição. Em julho, o crescimento das importações foi responsável pelo aumento do déficit da balança comercial de máquinas e equipamentos no Brasil que chegou a US$ 1,735 bilhão. No ano o aumento foi de 20,6% quando comparado com jan-jul12 e elevou o déficit do período a US$ 12,379 bilhões.

Em julho de 2013 a indústria brasileira de máquinas e equipamentos mecânicos atuou com 74,2% da sua capacidade instalada, 0,8% superior ao resultado de junho e 3,0% inferior ao mesmo mês de 2012. A carteira de pedidos teve uma ligeira recuperação no mês de julho de 2013 quando comparado com junho do mesmo ano (+2,4%), mas quando comparado com o mesmo mês de 2012 ainda registra forte queda (-18,1%), puxada principalmente pelos setores fabricantes de bens sob encomenda.

Tanto o nível de utilização da capacidade instalada como a carteira de pedidos apresentam pior desempenho no setor fabricante de equipamentos pesados. A preocupação é maior quando se observa o comportamento da carteira de pedidos dos fabricantes de bens sob encomenda cuja principal esperança de recuperação reside na operacionalização das concessões públicas

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos mecânicos registrou a segunda queda consecutiva no quadro de pessoal e encerrou o mês de julho com 258.386 pessoas empregadas.
A política de manutenção da mão de obra qualificada, apesar das quedas acumuladas no faturamento nos últimos meses, aparentemente chegou em um nível insuportável para as indústrias do setor.



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