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Abiplast aponta todo potencial de crescimento da Indústria do Plástico


Com previsão de US$ 14 trilhões injetados na economia mundial até 2020, indústria brasileira não pode abrir mão de inovação e preços competitivos. Conferência que acontece na maior feira do setor em toda a América Latina agrega especialistas do assunto à maior ferramenta de negociação e vendas da cadeia do plástico

Na palestra de abertura da Conferência Internacional do Plástico, o presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), José Ricardo Roriz Coelho, reforçou a necessidade de melhor infraestrutura brasileira para suportar um mercado que até 2020 deve crescer US$ 8 trilhões em países emergentes. Número esse que, quando somadas as economias desenvolvidas, sobe para R$ 14 trilhões. "Cabe a nós inovarmos com qualidade e preços competitivos para aproveitarmos tamanha oportunidade. Podemos dizer que rompemos a barreira do baixo crescimento observado entre as décadas de 1980 e 1990". Entre 1981 e 1990, a indústria plástica nacional registrou crescimento de 2,3%. Entre 1991 e 2000, 2,7%. A partir da década seguinte, o ritmo aumentou, e de 2003 a 2010 a alta foi de 4,4%”. 

Dentre as diversas utilizações de produtos à base de resinas comentados por Roriz está a opção de armazenamento de produtos agrícolas. "No Brasil perdemos 21% de tudo que é produzido no campo por conta de falhas no armazenamento e transporte. A China obteve alta produtividade utilizando produtos plásticos no campo". Outro aspecto promissor apontado pelo presidente da Abiplast é o emprego de plásticos de alto desempenho para instalações de extração de petróleo em alto mar, atividade que cada vez mais oferece números atraentes no país em virtude das expectativas em relação ao pré-sal. "Na área de petróleo e gás, o plástico leva grande vantagem em relação aos metais, pois não sofre com o processo de corrosão causado pela água salgada”.

Hoje o Brasil é o 23º produtor mundial de petróleo. Com os novos campos de extração, o país assumirá a nona colocação. “Temos amplo terreno para crescer. E com a  vantagem de termos aqui uma estabilidade política muito maior do que diversos países do topo da lista de produção petrolífera”, finalizou.

BNDES REFORÇA IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA PLÁSTICA COM GERÊNCIA EXCLUSIVA PARA SETOR

Dando prosseguimento à presença do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante a cerimônia de abertura da FEIPLASTIC 2013, o banco federal também esteve presente na conferência organizada paralelamente à feira. De acordo com Martim Francisco de Oliveira e Silva e Gabriel Gomes, executivos da área de Plásticos do BNDES, com medidas como o Cartão BNDES, que facilitou acesso direto de micro, pequenas e médias empresas ao financiamento, essa parcela agora representa 32% dos desembolsos do banco para o setor, em um universo de um bilhão de operações desde a criação do produto. Foram emitidos 500 mil cartões e R$ 32,4 bilhões liberados em 10 anos.

O BNDES tem 216 mil produtos cadastrados para financiamento, e atende a 17 materiais amplamente utilizados pela indústria plástica. O programa Proplástico, criado pelo órgão federal, segundo Oliveira  e Silva pretende transformar empresas médias em grandes, e pode ser acessado por empresas de toda a cadeia. “As linhas podem ser contratadas para processos de modernização, inovação, soluções sustentáveis e até mesmo fusões e aquisições, as duas últimas atividades que comumente não são financiadas pelo BNDES. O prazo para pagamento é de 10 anos, e o valor financiado mínimo é de R$ 3 milhões, com uma classificação de risco diferenciada, que diminuiu a burocracia necessária para empresas com faturamento inferior a R$ 300 milhões. “Há 15 anos, as atividades do BNDES voltadas para o setor plástico eram praticamente zero, mas no ano passado os aportes somaram R$ 1,6 bilhão”, concluíram.

Ambos confirmaram o compromisso do órgão federal para com investimentos e fomentos da indústria. “De nossas três gerências, uma é dedicada exclusivamente ao setor de plásticos. Sem indústria plástica competitiva, a indústria química não tem como sobreviver”. Os especialistas entendem que o governo foi bem sucedido em gerar estímulos para demandas, mas foi menos capaz de tirar barreiras e restrições à oferta. 



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