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Carregadores de bateria que usam energia solar chegam ao mercado



A vida está se tornando cada vez mais portátil, graças aos smartphones e tablets. As possibilidades desse tipo de vida podem ser infinitas --desde que as baterias durem tempo suficiente.

Hoje, uma série de empresas de tecnologia solar oferecem pequenos carregadores e capas para celular que fornecem energia em trânsito. "Uma vida portátil exige energia portátil", disse Chris Abbruzzese, vice-presidente de marketing da Goal Zero, que fabrica vários sistemas de carregamento solar.

Dispositivos que incluem células ou painéis solares em capas de telefone celular estão disponíveis há algum tempo, mas tem sido um desafio alcançar os níveis certos de forma, função e preço, dizem analistas. Os modelos anteriores eram não apenas volumosos e caros demais, como também demoravam muito para carregar.

Mas o mercado de energia solar também não foi ideal, o que ajuda a explicar a pressão do solar na eletrônica de consumo portátil diante do que alguns consideram probabilidades adversas.

"As empresas solares estão correndo para isso porque as margens nos mercados convencionais estão realmente ruins", disse Matt Feinstein, analista da Lux Research, especializada em tecnologias emergentes.

Uma variedade de carregadores, alguns mais baratos que US$ 100 (cerca de R$ 205), começa aparecer nas prateleiras. Alguns, como o Solio Bolt ou o Joos Orange, usam uma bateria individual de carregamento solar que se conecta aos dispositivos por cabo USB. Outros, como o EnerPlex, da Ascent Solar, usam o sol para carregar uma capa que então recarrega o smartphone.

Há indícios de que os produtos começam a encontrar um público. A Goal Zero diz que espera ver sua receita dobrar neste ano, para cerca de US$ 60 milhões. Para a Ascent Solar, as vendas começaram a decolar depois que a rede de eletrônicos Fry's, com sede na Califórnia, começou a vender carregadores EnerPlex.

As empresas chegaram ao negócio de carregadores de celulares de maneiras diferentes. A Goal Zero, por exemplo, nasceu dos esforços humanitários de Robert Workman, um empresário que atua levando energia renovável para algumas áreas da República Democrática do Congo.

A companhia usa silício monocristalino em seus painéis portáteis. Por causa do colapso dos preços de fabricação de painéis de silício, hoje a companhia pode oferecer seus produtos pela metade do preço de três anos atrás.

Diante dos painéis de baixo custo fabricados pelos chineses, a Ascent recuou no ano passado de seu plano original de desenvolver materiais fotovoltaicos para edifícios e fazendas solares. Em vez disso, a empresa decidiu se concentrar na eletrônica de consumo, que tem margens de lucro mais altas e menos pressão para produzir em grande volume.

A empresa conta com produtos feitos do composto seleneto de cobre índio e gálio, ou CIGS, que pode trabalhar sobre material flexível, em vez do vidro geralmente usado como suporte para células de silício tradicionais.

A Alta Devices, sediada no Vale do Silício, está no ramo da eletrônica por razões similares, mas emprega uma tecnologia diferente. A Alta usa arsenieto de gálio, o mais eficiente composto solar, sobre um fundo flexível.

"Quando você cria uma diferença significativa quanto à duração da carga da bateria ou em como algo é carregado, esses mercados podem ter um índice de adoção muito alto", disse Christopher S. Norris, executivo-chefe da Alta.

Como muitos dispositivos precisam ser carregados, disse ele, "essas coisas passam a ser mercados de bilhões de dólares em um período de tempo muito curto".

Fonte: Diane Cardwell/ do "The New York Times"/ Folha



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