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Produção industrial sobe 2,5% em janeiro, maior alta em quase 3 anos


A produção industrial cresceu 2,5% de dezembro para janeiro na comparação livre de influências sazonais (típicas de cada período) --o maior crescimento desde março de 2010 na comparação com o mês anterior--, divulgou nesta quinta-feira (7) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Investimento esboça reação em janeiro e tem melhor mês desde 2008

O resultado é uma boa notícia para o setor após a produção registrar leve variação positiva de 0,2% em dezembro ante novembro e queda de 1,3% em novembro ante outubro.

Em relação a janeiro de 2012, a alta é de 5,7%. É o mais expressivo crescimento na comparação anual desde fevereiro de 2011.

Segundo pesquisa da agência de notícias Reuters com 38 analistas, a expectativa era de que a produção industrial subisse 1,55% em janeiro ante dezembro e 4,45% na comparação anual.

Após quedas sucessivas desde novembro, período no qual reagiu negativamente ao fim gradual da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e acumulou perda de 4,5%, o setor de veículos reagiu em janeiro diante de menores estoques e alta das vendas. O ramo teve o maior peso na alta da indústria.

Dos ramos pesquisados pelo IBGE, 18 tiveram alta e 9 registraram perdas de dezembro para janeiro --o que mostra uma tendência de crescimento espalhado entre os setores. Segundo o IBGE, a alta teve perfil generalizado e alcançou todas as categorias de uso.

"O que chama atenção no indicador de janeiro é o perfil mais disseminado do crescimento da indústria. Inicia-se o ano com um crescimento mais intenso e mais generalizado", disse André Macedo, economista do instituto.

Segundo o técnico, há um contraste com os resultados ruins principalmente do último bimestre de 2012, que apresentou fraco desempenho.

Entre os setores de melhor desempenho de dezembro para janeiro, destacam-se material eletrônico e equipamentos de comunicação (10,5%), farmacêutica (5,6%), máquinas e equipamentos (5,7%), refino de petróleo e produção de álcool (5,2%) e veículos e automotores (4,7%).

Outras contribuições positivas relevantes vieram de calçados e artigos de couro (13,8%), mobiliário (8,5%), produtos de metal (3,3%), metalurgia básica (1,9%), outros produtos químicos (1,5%) e alimentos (0,8%).

Os piores desempenhos foram registrados por fumo (-53,5%), indústrias extrativas (-6,6%) e outros equipamentos de transporte (-4,3%).

O IBGE revisou os dados dos últimos meses de 2012 e estimou uma nova taxa para a indústria no ano passado. O dado originalmente divulgado que apontava queda de 2,7% foi alterado para redução de 2,6%.

Fonte: PEDRO SOARES/ Folha



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