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China ainda é ameaça para fabricantes nacionais de máquinas para plásticos


Serviço de geração de leads pode ser a saída para aumentar a demanda e conquistar novos clientes

Este deve ser um ano próspero para o setor de plásticos de acordo com as previsões de alguns órgãos do segmento. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), as empresas devem investir aproximadamente R$ 2 bilhões na aquisição de injetoras, extrusoras, sopradoras e periféricos.

Esse cenário é um alerta para que as fabricantes nacionais dessas máquinas se preparem para a concorrência com a China, que desde a metade da década de 90 vem aumentando suas exportações para o país. Segundo especialistas, o modo de atuação do setor de vendas das fabricantes brasileiras deve ser mais agressivo e estratégico para que elas não percam mais espaço no mercado.

Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei) mostram que mesmo em um ano de recessão e insegurança, como foi 2008, o mercado nacional consumiu cerca de 2 mil injetoras. Aproximadamente 70% delas foram importadas, metade da China. Apenas 30% do total das aquisições corresponderam a produtos brasileiros.

Com a expansão chinesa em diversos mercados, a tendência da importação deve se acentuar ainda mais por aqui nos próximos anos. Esse panorama exige da indústria brasileira uma atuação mais ativa para conquistar clientes e mostrar a superioridade do produto nacional em comparação ao chinês. Uma das alternativas disponíveis para isso é o serviço de geração de leads, um trabalho de prospecção realizado por meio de uma metodologia que utiliza um banco de dados com informações de milhares de empresas e identifica quais delas estão mais propensas a adquirir determinado produto ou serviço.

“O serviço é um trabalho de mapeamento e pesquisa que seleciona possíveis clientes com o perfil desejado pela empresa contratante”, explica Marcelo Reis, diretor de pesquisas do CENNE, empresa especializada na atividade para os mercados de plásticos e borrachas.

Com a contratação desse serviço, as empresas obtêm informações detalhadas do mercado como: de quais concorrentes os prospects estão comprando, com que frequência adquirem novos equipamentos, qual o tipo de financiamento usam, quem são os decisores de compra, entre outros dados. De acordo com Reis, na fase final do trabalho são agendadas visitas entre o departamento de vendas da empresa contratante e os possíveis clientes.

A progressiva retomada da economia aliada à expectativa de investimento do setor também impulsionou o número de empregos gerados neste segmento da indústria. O setor de plásticos gerou 3,2 mil novos empregos em 2012, o que representa 1% de aumento em relação ao ano anterior, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de janeiro.

“As fabricantes de máquinas para plásticos brasileiras devem aproveitar o cenário positivo que está sendo desenhado para este ano para recuperar o espaço que perderam no mercado para o produto chinês. Neste sentido, o serviço de geração de leads pode ser um grande aliado para alavancar as vendas”, completa Reis.



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