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Vendas de veículos crescem 5,6% no 1º bimestre


As concessionárias de veículos encerraram o primeiro bimestre de 2013 com 546,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus vendidos. O volume representa expansão de 5,6% sobre o resultado registrado nos dois primeiros meses de 2012. As informações do Renavam foram divulgadas pela Fenabrave, entidade dos distribuidores de veículos, na terça-feira, 5.

Os emplacamentos foram puxados pelo segmento de veículos leves. As concessionárias ainda tinham neste início de ano estoques de carros com isenção total do IPI, o que garantiu alta de 6,3% nas vendas na comparação anual, para 519,3 mil unidades. As vendas de automóveis chegaram a 402,5 mil unidades, com alta de 5,5%. Já os emplacamentos de comerciais leves somaram 117,2 mil veículos, com evolução de 9,4%.

O segmento de pesados anotou retração de 7% no bimestre, para 27,2 mil unidades. Com 22,1 mil licenciamentos, as vendas de caminhões diminuíram 7,2% no período. Já as de ônibus sofreram redução de 5,7%, para 5 mil chassis. As quedas foram causadas pela base de comparação forte do ano passado, quando as montadoras fizeram promoções de veículos Euro 3 produzidos até o fim de 2011. Conforme adiantado por Automotive Business (leia aqui), houve retração em fevereiro, efeito principalmente do menor número de dias úteis do mês, com 17 dias de emplacamentos, contra 22 dias em janeiro e 18 em fevereiro do ano passado. Com 235,1 mil unidades, houve diminuição de 24,5% na comparação anual e de 5,7% na mensal. A redução também reflete a volta gradual da alíquota do IPI, que eleva o preço dos veículos. “Há um forte efeito psicológico dessa alta”, avalia Alarico Assumpção, presidente executivo da Fenabrave.

As vendas de veículos leves chegaram a 222,4 mil unidades em fevereiro, com queda de 25% sobre o mês anterior e de 5,6% em relação ao mesmo período de 2012. O segmento de automóveis somou 171,4 mil emplacamentos, com queda de 25,6% na comparação mensal e de 7,4% na anual. A demanda por comerciais leves caiu 22,9% sobre janeiro e teve aumento tímido de 0,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, para 51 mil veículos.

Já os negócios para as empresas de veículos pesados tiveram baixa de 13,7% sobre janeiro e de 7,7% na comparação com o fevereiro de 2012. Com 9,9 mil unidades, as vendas de caminhões diminuíram 18,1% na base mensal e de 8,4% na anual. O emplacamento de ônibus chegou a 2,6 mil chassis, com evolução de 8,7% ante o mês passado e queda de 4,7% sobre o mesmo mês de 2012.

NOVAS PROJEÇÕES

A Fenabrave divulgou também novas expectativas para o mercado interno em 2013. A MB Associados, consultoria que formula as projeções para a entidade, aposta em crescimento de 3,1% nas vendas de veículos sobre o ano passado, para 3,92 milhões de unidades. A organização havia divulgado expectativas preliminares em janeiro. “Com o primeiro bimestre fechado, podemos traçar um cenário mais seguro”, explica Assumpção.

A nova projeção é ligeiramente menor do que a anterior para o segmento de veículos leves, com previsão de alta de 2,6%, para 3,72 milhões de unidades. A expectativa para as vendas de pesados, no entanto, foi reajustada para cima, chegando a um crescimento de 3,7% ante o ano anterior, para 158,3 mil caminhões e 34,1 mil ônibus. Com isso, a projeção da Fenabrave é um pouco inferior a divulgada pela Anfavea, associação dos fabricantes, que espera alta de 3,5% a 4,5% nas vendas de veículos em 2013.

CONJUNTURA

Depois do balanço positivo registrado no primeiro bimestre, a Fenabrave espera desafios para os próximos meses. A entidade prevê que a demanda por veículos novos seja impacta pelo retomada da alíquota do IPI, que será cobrada integralmente a partir de julho. Há ainda expectativa de menor acesso ao crédito como consequência de uma possível elevação da taxa de juros.

Outro fator que tornará mais difícil alcançar crescimento nas vendas dos próximos meses é a forte base de comparação do ano passado a partir de junho, quando entrou em vigor a redução do IPI para o setor e houve forte expansão das vendas.

Como aspectos positivos, a MB Associados destaca a previsão de crescimento do PIB em torno de 3%. Além disso, o País devem manter o nível de emprego e aumentar a massa salarial real, garantindo renda para que as famílias invistam em novos bens.

Fonte: GIOVANNA RIATO, Automotive Business



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