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Energia a partir da expansão de gases tóxicos




O estudante de Engenharia Química Herbert Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi o vencedor da UniSim Design Challenge, competição internacional promovida anualmente pela Honeywell Process Solutions. Com trabalho desenvolvido em parceria com a professora Vanja Maria de França Bezerra, ele usou um software de simulação para mostrar como gases tóxicos podem ser expandidos para geração de energia elétrica.

Segundo Herbert, o objetivo era propor um tema que chocasse e chamasse a atenção da indústria e dos participantes de simpósio. No entanto, a análise econômica, um dos pontos principais do projeto, acabou não sendo feita por falta de tempo. Mesmo assim, ele diz acreditar na viabilidade do sistema, sem poder precisar quando começaria a dar retorno.

Como surgiu a ideia desse sistema?
O projeto foi baseado em um artigo de uma universidade do Irã e no conceito do ciclo de Kepler, em que o trabalho é gerado a partir da integração nele mesmo, considerando-se uma combustão completa. Também inovamos na parte dinâmica. Após a entrada de uma determinada quantidade de gás, inicia-se a rotação do compressor. O oxigênio tem que entrar em quantidade superior ao do balanço na reação para queimar o metano e gerar a expansão.

Como aconteceu o desenvolvimento do projeto?
Queríamos um tema que chocasse e chamasse a atenção da indústria e dos participantes do simpósio. Esse projeto é mais simples em relação ao de outras edições. Já foram propostos outros métodos com o mesmo objetivo, como o da liquefação, mas que se mostraram pouco viáveis. No começo, houve dificuldades e problemas no software. Tivemos que fazer tudo bem rápido, em três semanas.

Foi previsto o custo do desenvolvimento dessa tecnologia?
Um dos pontos principais do projeto seria a análise econômica, mas, como o tempo foi curto, isso não foi possível. Então ficou sugerida essa avaliação de dados reais. Eu acredito na viabilidade do sistema, mas não sei dizer quando começaria a dar retorno.

Que tipos de gases tóxicos seriam aproveitados para a geração de energia elétrica?
O metano corresponde a 87% da fração molar dos agentes da reação. Vários outros gases fazem parte do restante dessa composição bem complexa: Nitrogênio, Etano, Gás Carbônico, Enxofre, Propeno, entre outros. O Nitrogênio, no caso, entra e sai inerte, sem reagir com ninguém. A reação é capaz de gerar 2,13 bilhões de quilowatts para 356,5 mmscfd (Million standard cubic feet per day) de gás.

A Universidade tem projetos de concretizar a sua proposta?
No momento, há planos de apoio da Petrobrás e da ANP.

Depois dessa premiação, você pretende trabalhar diretamente nesse projeto?
Atualmente estou encerrando o mestrado e não sei se continuo com o projeto ou se irei para alguma empresa. O que penso no momento é em me capacitar para trabalhar em uma área industrial, já que o mercado não está muito atrativo.

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